sexta-feira, 9 de março de 2007

Mulheres

Aproveitando
que ontem foi o dia internacional da mulher,
que nossa discussão sobre a sexualidade pública rendeu (em artigo do Joe, aqui),
que ontem saiu bons artigos sobre a mulher na imprensa (no meio de muitas bestialidades publicadas),
e que que ontem escrevi sobre isso no Grula...
Vejam:
Se ainda não leram, ontem saiu na Folhaonline artigo reproduzindo a BBC que comenta pesquisa feita por duas instituições que mostram a participação da mulher em cargos gerenciais em diferentes países.
Foi muito interessante ver quantificado algo que eu percebia qualitativamente: como a participação das mulheres na sociedade européia é arcaica!
Embora os europeus sejam, na média, mais 'civilizados' ou 'evoluidos' socialmente, as mulheres restam ainda confinadas a papéis ridículos, como na Alemanha com o trio 'filhos, cozinha e igreja', ou na França (e na Italia?) com um papel complementar e 'decorativo' (embora mais exposto socialmente) .
Vejo que isso está mudando, mas como a cultura no velho continente é muito mais sólida, a inércia é muito maior.
Lembro logo das críticas corriqueiras no Brasil sobre a exploração da imagem de 'mulher bunda', rebolados e coisas que tais... Posso dizer que isso não acontece por aqui por um motivo simples: as mulheres não têm bunda! Porque de resto, a exploração da imagem é a mesma, embora migre para uma tal 'beleza' ou 'charme'.
As pesquisas mostraram que a participação da mulher brasileira na sociedade é das mais desenvolvidas, perdendo apenas para as Filipinas, enquanto as européias têm um papel dos mais restritos.

Um comentário:

Alisson Veras disse...

Sobre o post anterior, não foi sobre sexualidade na politica, o Ricardo levou para esse lado... por que será?
Agora, sobre a participação da mulher em papéis mais ou menos importantes na sociedade, é algo a se pensar. Aqui no Brasil, por exemplo, onde o Alisson disse que a participação delas é uma das mais evoluidas, é um pais onde a estrutura familiar está totalmente decadente. Na classe média, os pais trabalham loucamente para tentar sustentar 2 filhos, como disse o Ricardo em uma discussão, enquanto os pais da classe de poder aquisitivo mais baixo fazem 8 filhos para que os sustentem! A participação da mulher, ou de um homem, porque não, como mãe/pai e efetiva participação na criação dos filhos é importantíssima para a formação de bons cidadãos, a meu ver. Como uma mãe, ou pai, estar presente com os filhos em casa trabalhando 10, 12 horas por dia? É o começo para a criação de futuros homens e mulheres sem valores. Aqui fica a pergunta: "Não seria esse um papel importantíssimo para a sociedade?". Talvez, em vez de tentarmos descobrir porque na Europa, mesmo sendo desenvolvida, a participação minoritária da mulher está em cargos menos "expressivos", deveríamos pensar que exatamente por isso o pais pode ser desenvolvido com um grau de cultura e informação, em geral, bem melhor que seus companheiros em continentes vizinhos.
Isso me faz lembrar o caso da latinha de alumínio. Aqui no Brasil, praticamente todas vão para a reciclagem. Sinal de evolução ou pobreza?