sábado, 26 de julho de 2008

Conseqüências da Abertura

É de se imaginar que a abertura de mercados nos leve cada vez mais na direção da maior eficiência, pois a ausência de tarifas permite uma concorrência mais justa, além de uma redução nos preços e um conseqüente aumento de consumo. Assim, podemos esperar, cada vez mais, a formação de pólos de produção??? Estariam nações como a China destinadas a serem os maiores produtores de bens industrializados do mundo? Estaria o Brasil, por sua extensão de terras destinado a ser a referência em produção de alimentos e biocombustíveis? Como ficaria a tecnologia de ponta?

Talvez um bom chute seja de que cada país terá um desenvolvimento tecnológico direcionado para a sua vocação produtiva ou de serviços. Assim, um país produtor de cana-de-açúcar seria referência em cultivo de cana, técnicas agrícolas e uso de tecnologia. No entanto, a produção tecnológica, a pesquisa e o desenvolvimento não necessariamente estaria no mesmo país. Na minha opinião é mesmo pouco provável que esteja, senão com a ajuda de incentivos do governo.

Um comentário:

Alisson Dias Junqueira disse...

Caju,

concordo, a abertura é essencial para evoluirmos. Mas como vimos na rodada Doha, essa abertura precisa ser bem pensada, dosada e negociada para que haja contrapartidas: nada à moda à la Collor!
Sobre os 'destinados à', acho que nao é tão simples: embora a China deva ser a grande industria de produtos intensivos em mão de obra no futuro proximo, isso nao impedira o desenvolvimento da industria brasileira ou mexicana: a vida é dinâmica e as variaveis evoluem: o custo do chinês nao sera sempre desprezivel, o custo do transporte nao sera sempre como hoje, a tecnologia em um dado dominio vai evoluir diferentemente em dois lugares, e assim vai. Mais importante: estrategicamente, concentrar a produçao em um pais é uma aposta arriscada demais.