sexta-feira, 1 de agosto de 2008

mais OMC e Doha

O Caju puxou esse assunto (aqui e la), que eu não comentara antes por me sentir incopetente: dado que essas negociações não são transparentes e que o principal do jogo é baseado em projeções para o futuro, fica difícil para quem está de fora tecer comentarios consistentes. Mas posso contribuir com umas questões relacionadas com a liberalização do comércio.
O inssucesso da rodada Doha é uma grande perda de oportunidade, especialmente para os países pobres. É um sucesso para os ricos agricultores europeus e americanos principalmente, que vão continuar ainda um bom tempo mamando nas tetas de seus compatriotas e dos pobres estrangeiros.
Uma questão que ainda não vi comentarem é que os brasileiros continuarão pagando preços absurdos por produtos industrializados que são corriqueiros no resto do mundo! Sem Doha, o Brasil não vai executar as contrapartidas, dentre as quais a redução das tarifas de importação de produtos industrializados. E essa é uma das causas dos brasileiros pagarem mais que o resto do mundo por produtos como os eletrônicos. Ou seja, os ricos que passeiam no exterior vão continuar fazendo viagens de compras (e pagando impostos para os cidadãos de outros paises) enquanto o restante dos brasileiros poderão continuar escolhendo: ou ficam sem, ou pagam preços absurdos, ou compram contrabandos. Lamentavel!
Sabemos que o pais não pode liberar totalmente as importações, o que faria com que nenhuma indústria investisse no Brasil, além de sangrar toda a riqueza do país para pagar os luxos importados. Por outro lado, exagerar nas tarifas penaliza o pais. Ou seja, calibrar o imposto de importação pode não ser facil, mas é necessário para o futuro do Brasil!

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