quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Big Brother Brasil

Eu não achava as palavras corretas para explicar o que eu sinto quando vejo as pessoas assistindo ao BBB ou mesmo comentando com muita empolgação...até que meu amigo Pascoal me mostrou esse poema do homônimo de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos:


Álvaro de Campos

Ah, Onde Estou

Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,
A banalidade devorante das caras de toda a gente!
Ah, a angústia insuportável de gente!
O cansaço inconvertível de ver e ouvir!

(Murmúrio outrora de regatos próprios, de arvoredo meu.)

Queria vomitar o que vi, só da náusea de o ter visto,
Estômago da alma alvorotado de eu ser...

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

kkkkkkkkk, esse poema se encaixou perfeitamente à apelação sensacionalista global de confinar um bando de gostosas + um bando de gorilas numa mansão... parabéns, isso retrata a realidade brasileira, somos servidos de ignorantes e incapazes que ainda tem a simples capacidade de idolatrar um 'vida-boa' que passou 3 meses de sua vida trancado neste ambiente utópico, servido de boas comidas, sem precisar trabalhar e ainda rodeado de "pervas", e o pior, ainda reclamam...
Lembrando que também sinto pedaços da bile percorrendo minha traquéia (se é q isso é possivel) ao assistir essa merda. Mas estar na casa já são outros quinhentos, então aproveito pra lançar a campanha: "votem em mim pra ser um 'brother' no próximo episódio"

Alisson Dias Junqueira disse...

Parabéns ao Ricardo e Pascoal por virem com esse poema para o blog!
Assim, além de melhorar o nivel do blog, eu vou posso ler e (tentar) entender algum poema, haha! Êita incompetência minha!
Sobre o assunto, vejo falar desse tal de bigbrodi de monte, acho que deu cria e se espalhou para o mundo todo.
Como diz o Joe, "se o povo quer" ver... Povo é povo, ai, aqui, em qualquer lugar.